Encontrar a coragem no seio da mulher mais bela do reino é o destino do rei. E se passam dez anos para que ela apareça na porta do castelo, doze para ser exato, descalça, trajando algodão tingido à sementes e com um pedido nos lábios: salvar os seres da floresta.
O conselho proíbe firmar parceria com ''aquela gente'' e o rei obedece.
Mais dez anos se passam e bate à porta do castelo a mesma mulher, mas já com rugas nos cantos dos olhos. E a posição é a mesma e o rei é ainda o mesmo, e obedece.
Quando a chuva começa a cair sobre as terras antes férteis e verdes em volta do castelo, o rei não é mais o mesmo, o conselho está morrendo e precisa ser substituído. Ele espera que a mulher torne, mas ela não vem. E ele cela um cavalo e sai à procura dela. Ronda toda a floresta e não se embrenha porque conta a lenda que vivem ali os seres mais perigosos e ardilosos do reino.
"Mas se é uma lenda, por que acreditar?".
O rei não é mais o mesmo e a chuva desperta nele a raiva. Dois dias depois ele decide por entrar na floresta, e o faz a pé, de posse apenas de sua espada e de uma barra de ouro, a primeira para defesa e a segunda porque acredita que pode negociar a sua vida caso seja feito prisioneiro.
Não mudou tanto assim o rei, ou será o conselho que fez cadeira?
(segue...)
Já diriam por aí que conselhos são dados e não vendidos por um bom motivo.
ResponderExcluirEle entrou na floresta, ainda com espírito de reino.
Meu poeta. Sempre grato por sua presença. Abraço.
ExcluirAdorei a sua prosa! Fiquei curiosa por conhecer a continuação desta história e por ler mais, muito mais, da bela escrita que é a sua!
ResponderExcluirObrigado, Dulce. Breve seguiremos.
ExcluirDizem que de esperar, cansamos.
ResponderExcluirDiscordo!
Esperar atiça, clama, dá coragem!
Continue poeta, ansiosa, curiosa.
Beijo
Continuando, querida. Obrigado pela presença. Um abraço.
ExcluirO tempo não consegue mudar a beleza. Mesmo as rugas são incapazes de arrancar a magia dos olhos que as vêem.
ResponderExcluirAnsiosa para ler a continuação! rs
Beijos!
Obrigado, Rachel. Que alegria ver pessoas novas por aqui a ler o que escrevo. Um abraço.
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