Feriado é dia de ler poesia. Aqui vai um dos poemas de Xilema, o terceiro livro da série poética.
Cintilam as partículas
nos meus olhos e na bomba atômica.
Brilham no céu azul
e na África que morre.
Cantam na voz do escravo
e no assovio entrecortado do vento.
Nada é realmente sólido,
a bomba explode nos olhos,
o céu é a tela de quem morre,
o vento é o beijo criativo na pele do prisioneiro.
A bomba, a morte e a prisão só existem
na eletricidade que cremos.
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