terça-feira, 27 de março de 2012

A síndrome de “Maria vai com as outras”

Em havendo algo difícil de encontrar que se diga de pessoas diferentes. Na verdade, mais percebo o quanto todos acabamos por imitar uns aos outros quando justamente tenho por perto alguém diferente.

Esse diferente, digo de alguém que não vai com a manada, que demonstra não se importar com a enxurrada de palavras, atitudes e pensamentos compartilhados por uma massa que não reflete enquanto se deixa levar pelo vento, sopre de onde soprar e leve para onde levar (ou não leve para lado nenhum).

Em grande escala pode-se observar o comportamento nas redes sociais. Compartilha-se o geral, sem atenção ao detalhe e menos ainda vai se gastar tempo com reflexões. E quando você o faz e socializa, o ofendido lhe deleta ou bloqueia e está tudo bem, afinal basta deletar o problema!

Nos grupos, não virtuais, me deixo ouvir os murmúrios de concordâncias que servem para se manter acolhido. Ser autêntico, ao passo que é admirável para alguns, pode significar não ser incluído no grupo, receber olhares tortos, desconfiança e desprezo para outros. O que esquecemos é que na essência somos todos diferentes. (O que você faz quando ninguém lhe vê fazendo?).

Normas sociais não devem ser confundidas com perda de identidade. Aquele que se sabe e se conhece não se deixa levar pela enxurrada (digo enxurrada, por causa de toda a sujeira que carrega) nem se acanha diante do olhar que julga.

Podendo fazer uma retrospectiva, os grandes gênios e aquelas pessoas que marcaram a história em qualquer área, talvez mais que inventar o novo tenham mudado a forma de fazer. Estou certo que se pensássemos mais antes de cada ação, teríamos bem menos problemas e mazelas. O povo sairia mais às ruas, a dor seria menor, a felicidade maior.

Como diz o Chopra, ao menos tente perceber o momento em que se deixa levar pela enxurrada ou pelo vento. Perceber é o início. Depois vem a decisão de permanecer igual ou assumir a mudança.

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