domingo, 20 de junho de 2010

O Ritmo do Tempo


Vamos à rua sentir o cheiro da fumaça do inverno, e ouvir as pessoas dentro das casas, na frente da tevê nas noites de domingo.

Vamos lamber nossas próprias feridas, brincar nossos medos e andar calma e silenciosamente.

Vamos encontrar o ritmo do tempo em nossos passos. Porque só quando encontramos o ritmo do tempo, quando casamos nosso corpo com o universo, é que realmente estamos vivendo.


Um comentário:

  1. E que as caminhadas não cessem, afim de que entre um passo e outro se saiba como reter tal ritmo, do mesmo jeito que os casacos guardam o cheiro da fumaça.
    Que a cada janela fechada, em uma fachada sem luz, nos questionemos se ao menos ainda há alguém em frente as tevês, ou se os cães e gatos que cheiram as mãos de quem com eles mexe, não sejam os únicos seres realmente vivos, ali presentes.
    Recomendo ainda que tenhamos medo do escuro, seja das casas fechadas,seja do manto que jogamos sobre aquilo que não queremos falar.
    Que no ritmo do tempo consigamos acender algumas luzes, porque existem tantos rostos e ruas tão escuros né?

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