sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Desculpe, sou humano

Não sei vocês, mas eu acabo amizade. Também faço drama, crio expectativa, espero retorno de atenção e, o pior, guardo mágoa. Faço tudo errado mesmo. Desculpe, sou humano.

A amizade é um tipo de amor e eu não hesito em me declarar aos meus poucos amigos. É verdade que nem todos os integrantes desse grupo “poucos” pensa assim. Isso me deixa com menos amigos ainda, o que não me incomoda. A minha lamentação é por aqueles dos quais sou obrigado a me afastar. Em sendo amigo é porque eu gosto muito, do contrário integraria a horda de conhecidos. Mas toda relação de amor há de ser baseada no afeto, no respeito e no amor. Não sendo assim eu não quero.

Dispenso os amigos pela metade, os conhecidos, os que vão “até ali”, os que têm limite para conversar e gostar. Dispenso aqueles a quem só interessa receber apoio, sem jamais apoiar. Amigo para mim é irmão, é para sempre, mesmo que só enquanto durar. Não quero esperar para ver o que vai dar. Eu não tenho tempo a perder. Como disse uma ex-aluna outro dia, só estamos aqui por três dias. Eu não posso esperar passar todos os salamaleques, como se fosse um cortejo do século dezenove, quero levar logo para casa.

Aqueles de quem mais gosto são gente minha, em caso de atrito ou chateação de qualquer lado eu tento várias vezes resolver o problema. No entanto, há um tempo em que a gente cansa de amar sozinho, cansa e desiste de tentar. É aí que se dá a separação, a ruptura se conclui e as partes se afastam. E como eu disse, guardo mágoa. Depois da separação, não me venha com arrependimentos e remorsos, estórias tristes e mi mi mis. Não tem volta. Meu coração não é fila de banco que você pode voltar depois. Amor rompido não tem costura que dê jeito!

Esse meu jeito de amar exige muita energia, eu sei. Também imagino que vocês devem pensar que exagero e estou sendo radical, que o tempo e as prioridades da vida... Pois é. Desculpe, sou humano.

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