Semana Estadual do Livro e do Incentivo à Leitura do RS
Câmara Rio-Grandense do Livro
18 a 23 de abril de 2015
Esta entrevista está aqui a fechar a semana por um motivo especial: CELI MARIA SIMEONI, 63 anos, é minha amiga e uma das pessoas mais interessantes que conheci nos últimos quatro anos! É evidente que tudo o que ela sabe e o seu carisma não cabem em uma entrevista. Ela já trabalhou para multinacionais, para a Editora Globo, foi governanta, assistente de mágico, teve banda de rock, é médium espírita, radialista e nos brinda toda a semana com curiosidades do seu passado e das experiências que acumulou ao longo dos anos.
A Celi começou a ler na adolescência. “Era uma maneira de fugir da dura realidade e poder viajar, sonhar e esquecer os problemas. Na minha época existiam as caixas metálicas (verde musgo) do SESI, que eram ambulantes. Tomei conhecimento delas na empresa em que, aos onze para doze anos, era estafeta de escritório. Comecei a ler, tomei gosto e não parei mais”.
Uma das minhas admirações para com essa senhora, embora ela não se encaixe nessas definições de tempo e espaço, é que ela lê tudo o que desperta curiosidade. Sua preferência é por livros de história da humanidade, mas é uma das poucas pessoas que conheço que se permite extrapolar a zona de conforto e tomar contato com leituras diversas.
Ela lê blogs, sites e artigos online à procura de informações sobre mundos paralelos, extraterrestres, religiões, alimentação saudável e para finalizar suas pesquisas sobre os mais diversos temas.
Os autores de ficção também são diversos, Érico Veríssimo, Mario Quintana e Lya Luft, Cora Coralina, “ela é muito sensível e inteligente” e uma infindável lista de estrangeiros: Aldous Huxley, Agatha Christie, Nora Roberts, Ernest Hemingway, Fritjof Capra, Carlos Ruiz Zafón, Khalid Hussein, Dan Brown, Julio Verne, Markus Zusak, etc.
“A maioria das vezes escolho o livro pelo assunto. Os que vêm até mim, eu leio quase sempre por curiosidade ou para me aprofundar em um assunto. Gosto de linguagem simples e clara.”
Essa diversidade de leitura faz da minha amiga uma pessoa ímpar para estabelecer um diálogo sobre qualquer assunto, porque, afinal, ela soma a isso uma compreensão ampliada do que lê, a partir de seus interesses e de suas vivências. Afinal, ler não basta, é preciso ler como um escritor, como diz a Francine Prose.
Encerrando a Semana Estadual do Livro e do Incentivo à Leitura do RS, agradeço aos leitores que falaram comigo, aos que acompanharam a série aqui no blog e à acolhida da Sônia Zanchetta, da Câmara Rio-Grandense do Livro. O evento foi um sucesso em todas as atividades desenvolvidas e espero que tenha servido para motivar as pessoas para a leitura.
E você, quer contar a sua experiência com os livros? Comenta ali embaixo. Muito obrigado.
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