terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Lágrima del miedo

A convite do meu amigo argentino, o jornalista Leandro Murciego, escrevi um texto para a série "Todos con Ayotzinapa" que ele mantém em seu blog "Poesía a mano alzada". 

A série de textos foi criada como homenagem aos estudantes desaparecidos no México, em setembro do ano passado. É o primeiro texto bilíngue, meu e do blog.

O texto completo no blog está aqui.


Lágrima del miedo
Dan Porto

La lágrima que lloro no es por mí y ni es mía. Es la lágrima del miedo que brota de cada corazón angustiado. La lágrima que antecede la ausencia. La lágrima que no seca a la distancia.

Aquel que parte, no parte por su querer. Por su querer seguiría amando. Pero parte partido de esperanza y milagro. Y duele la esperanza diluída en el asfalto.

Y yo sigo llorando. Sigo llorando la lágrima de miedo, reza en la sombra reza en la luz. La lágrima que lloro carga una esperanza fingida de tímida, porque, en el fondo, yo vierto en los pies de los condenados el elixir de la larga vida para que sigan, hasta cuando viejos, creyendo en el amor. En el fondo, yo vierto en la Tierra la lágrima cristalina de la Fênix, certera e inquebrantable.

De los pies de la infancia va a brotar la esperanza para el corazón de los condenados. No para que olviden sino para que vivan!

A lágrima do medo 
Dan Porto 

A lágrima que eu choro não é por mim e nem é minha. É a lágrima do medo que brota de cada coração aflito. A lágrima que antecede a ausência. A lágrima que não enxuga a distância. 

Aquele que parte, não parte por seu querer. Por seu querer seguia amando. Mas parte partido de esperança e milagre. E dói a esperança diluída no asfalto. 

E eu sigo chorando. Sigo chorando a lágrima do medo, ora na sombra ora na luz. A lágrima que eu choro carrega uma esperança fingida de tímida, porque, no fundo, eu verto nos pés dos condenados o elixir da longa vida para que sigam, até quando velhos, acreditando no amor. No fundo, eu verto na Terra a lágrima cristalina da Fênix, certeira e inabalável.

Dos pés da infância vai brotar a esperança para o coração dos condenados. Não para que esqueçam. Mas para que vivam!

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