domingo, 14 de julho de 2013

Os muros da prisão


Foi em um dia de chuva que nós começamos.

Pedra a pedra!

Alguns de nós morreram.

Foi preciso!

O muro foi diminuindo e milagrosamente os guardas não se davam conta disso.

O que era cinza ganhava cor de horizonte!

Muitos de nós adoeceram e apodreceram.

Foi preciso!

Alguns poucos desistiram.

Era esperado!

Um dia o Sol raiou maior e não havia mais muros e não havia nosso cansaço nem sono.

Eram extintos os muros da prisão e não havia guardas e a prisão não passava de ruína, ruína dos nossos corações e daqueles olhos que encontraram olhares com força e fé capazes de derrubar os muros da prisão e nos levar para fora, para o Sol, nos levar para a verdade.

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