Foi em um dia de
chuva que nós começamos.
Pedra a pedra!
Alguns de nós
morreram.
Foi preciso!
O muro foi diminuindo
e milagrosamente os guardas não se davam conta disso.
O que era cinza
ganhava cor de horizonte!
Muitos de nós
adoeceram e apodreceram.
Foi preciso!
Alguns poucos
desistiram.
Era esperado!
Um dia o Sol raiou
maior e não havia mais muros e não havia nosso cansaço nem sono.
Eram extintos os
muros da prisão e não havia guardas e a prisão não passava de ruína, ruína dos
nossos corações e daqueles olhos que encontraram olhares com força e fé capazes
de derrubar os muros da prisão e nos levar para fora, para o Sol, nos levar
para a verdade.
A cada obstáculo é preciso acreditar no que há além dele.
ResponderExcluirÉ exatamente isso que salva, meu poeta!
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