Ferir o papel.
Que coragem precisa até alcançar o alvo papel e sangrá-lo sem piedade!
É uma agressão, é um arrombamento. Ferir o papel e penetrar-lhe às entranhas, sem carinho ou licença.
Em geral flerto com ele dias e dias. Os nossos olhos se passando na pele um do outro, ele trêmulo e eu ávido por tocá-lo. E o flerte torna-se toque; o cheiro dele, então, dança uma valsa nos meus sentidos. Até que, excitado, eu lhe abra as pernas, lhe lamba os lábios e o penetre de uma só vez apertando-lhe a carne.
Ferir o papel.
Que amor precisa para fazer-lhe gente!
Eu sangro junto com o sangue do papel, e a cama se encharca, e nós nos abraçamos úmidos de sangue e o cheiro adocicado nos dilata as fibras nos fazendo maiores, e nisso nos perdemos no tempo e na verdade.
Ferir o papel.
Que alegria há no gozo de vê-lo aberto, e meu!
Sexo explícito!!! HAHAHA
ResponderExcluirÉ bem por aí mesmo. E quando fazemos uma abordagem direta sem nem perguntar seu nome antes? Fiz isso hoje... precisa descarregar... e nem perguntei se ele queria me ouvir, fui logo jogando minhas dores sobre ele.
Parabéns pelo texto! Gostei muito da metáfora. Um verdadeiro conto erótico! rsrs
Abraço!!
Só funciona quando se torna um.
ResponderExcluirferir o papel. É exatamente assim. E, algumas vezes, um ato de auto-punição.
ResponderExcluirUm dos textos mais nus e crus pelos quais já me apaixonei. Parabéns, você realmente escreve muito bem, sua narrativa é empolgante e viciante, quanto mais leio, mais tenho vontade de ler.
ResponderExcluirOh kal, querida, obrigado!
ResponderExcluirSiga sempre. Um abraço.