Este poema integra Carménère (2015). Compre aqui.
Anda-se sobre Paris.
Somos, todos nós, um só
E o que queremos de Paris
queremos apenas de nós.
Reduz-se a sonho
Só aquilo que não se acredita.
O que se sabe
A gente vive.
Volita-se em volta dos lampiões da rua.
É Paris e andamos em Paris
a seguir os círculos.
É da cidade o caminho!
Bebe-se o desejo
Quando não se deseja mais.
Arrepia-se a pele
àquela neve caída.
Parte-se sangrando de Paris
Deixa-se o desejo e a vida.
A porta se fecha, a gente se vira
E sangra, sangra o Carménère que jaz à Praça Tertre.
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