sábado, 6 de dezembro de 2014

Entrevista com Sérgio Schaefer

O Instituto Estadual do Livro do Rio Grande do Sul publicará mais um livro do escritor Sérgio Schaefer. O artista quando velho, que originalmente se chamava Lembranças do Sul e outros contos, integrará a Coleção IEL 60 anos. Sérgio já publicou outros cinco livros de ficção, dois ensaios e integrou diversas coletâneas.



E como prometido, eu conversei com ele e fiz algumas perguntas sobre o livro, o processo de escrita e, claro, pedi dicas para quem está começando a escrever.

Olha só:

Dan Porto: Sérgio, você é doutor em Letras e professor de curso de mestrado. Como você equilibra a carreira acadêmica com a de escritor?

Sérgio Schaefer: A estratégia é simples: cada coisa a seu tempo.

Dan: Você vai lançar “O Artista quando velho” pelo Instituto Estadual do Livro. Por favor, fale um pouco sobre o conteúdo e o processo de criação do livro.

Sérgio: O livro trata de vários temas: amor, morte, velhice, suicídio, casamento etc. Para escrever um conto, primeiramente escolho um tema e a seguir os personagens. Penso um enredo e passo a colocar a estória no papel.

Dan: Há uma inspiração em “Retrato do artista quando velho”, de Joseph Heller? Assim como o livro do Joseph, o seu também é autobiográfico?

Sérgio: Não, pois não li esse livro e nenhum desse autor.

Dan: Qual a importância de termos no Rio Grande do Sul um Instituto Estadual do Livro?

Sérgio: O IEL cumpre uma função muito importante no incentivo a novos autores.

Dan: O seu primeiro livro é de 1976. Como você vê a questão do livro no Brasil de hoje? Há diferença em relação ao cenário dos anos setenta?

Sérgio: O campo editorial, hoje, dificulta o lançamento de novos autores, ainda desconhecidos. Preferem editar autores com venda garantida (ou quase).

Dan: O que diria aos novos escritores que almejam conquistar seus espaços?

Sérgio: Escrever bem e tentar ser publicado. Sugiro aos novos escritores duas coisas: caprichar na língua portuguesa e ser criativo.

Divulgação


Sérgio Schaefer é mestre em Filosofia e Doutor em Letras, leciona atualmente no Departamento de Ciências Humanas na Universidade de Santa Cruz do Sul e no Programa de Pós-Graduação em Letras, na mesma Universidade. Com forte influência de Guimarães Rosa, os contos de O artista quando velho são definidos pelo autor como textos que procuram algumas dimensões do humano “que sempre podem nos surpreender, tais como a tendência à irracionalidade, a velhice, o suicídio, a solidão, a coragem, a tristeza e o amor. Em 2002, Sérgio Schaefer foi finalista do Prêmio Açorianos de Literatura, categoria Narrativa Longa, com o romance O gaudério Macunaíma e a pititinga macia de Brunilde. Para saber mais, acesse o site do autor: http://www.sergioschaefer.com.br/


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