O Instituto Estadual do Livro do Rio Grande do Sul publicará mais um livro do escritor Sérgio Schaefer. O artista quando velho, que originalmente se chamava Lembranças do Sul e outros contos, integrará a Coleção IEL 60 anos. Sérgio já publicou outros cinco livros de ficção, dois ensaios e integrou diversas coletâneas.
E como prometido, eu conversei com ele e fiz algumas perguntas sobre o livro, o processo de escrita e, claro, pedi dicas para quem está começando a escrever.
Olha só:
Dan Porto: Sérgio, você é doutor em Letras e professor de curso de
mestrado. Como você equilibra a carreira acadêmica com a de escritor?
Sérgio Schaefer: A estratégia é simples: cada coisa a seu tempo.
Dan: Você vai lançar “O Artista quando velho” pelo Instituto
Estadual do Livro. Por favor, fale um pouco sobre o conteúdo e o processo de
criação do livro.
Sérgio: O livro trata de vários temas: amor, morte, velhice,
suicídio, casamento etc. Para escrever um conto, primeiramente escolho um tema
e a seguir os personagens. Penso um enredo e passo a colocar a estória no
papel.
Dan: Há uma inspiração em “Retrato do artista quando velho”, de
Joseph Heller? Assim como o livro do Joseph, o seu também é autobiográfico?
Sérgio: Não, pois não li esse livro e nenhum desse autor.
Dan: Qual a importância de termos no Rio Grande do Sul um
Instituto Estadual do Livro?
Sérgio: O IEL cumpre uma função muito importante no incentivo
a novos autores.
Dan: O seu primeiro livro é de 1976. Como você vê a questão do
livro no Brasil de hoje? Há diferença em relação ao cenário dos anos setenta?
Sérgio: O campo editorial, hoje, dificulta o lançamento de
novos autores, ainda desconhecidos. Preferem editar autores com venda garantida
(ou quase).
Dan: O que diria aos novos escritores que almejam conquistar
seus espaços?
Sérgio: Escrever bem e tentar ser publicado. Sugiro aos novos
escritores duas coisas: caprichar na língua portuguesa e ser criativo.
Divulgação |
Sérgio Schaefer é mestre em Filosofia e Doutor em Letras, leciona atualmente no Departamento de Ciências Humanas na Universidade de Santa Cruz do Sul e no Programa de Pós-Graduação em Letras, na mesma Universidade. Com forte influência de Guimarães Rosa, os contos de O artista quando velho são definidos pelo autor como textos que procuram algumas dimensões do humano “que sempre podem nos surpreender, tais como a tendência à irracionalidade, a velhice, o suicídio, a solidão, a coragem, a tristeza e o amor. Em 2002, Sérgio Schaefer foi finalista do Prêmio Açorianos de Literatura, categoria Narrativa Longa, com o romance O gaudério Macunaíma e a pititinga macia de Brunilde. Para saber mais, acesse o site do autor: http://www.sergioschaefer.com.br/
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