terça-feira, 14 de dezembro de 2010

... que um dia os homens saibam amar mais



Estive numa conferência onde o escritor dizia:

“Espero que um dia os homens saibam amar mais, só aí teremos resolvido os problemas da educação, das guerras, da religião, da fome e da miséria. Nós vamos nos olhar mais nos olhos e nos ver mais fundo, com mais compaixão e mais vontade de viver num mundo diferente, natural, instintivo...”

Sinto tanta falta de um amor verdadeiro nos olhos que me olham todos os dias, os colegas de trabalho, os vizinhos, os amigos... Parece que se foge do olhar mais intenso, mais profundo que despe das máscaras, afinal, nem todos estão preparados para a verdade. Mas enquanto não o tenho, vou amando, muitas vezes sozinho, na medida em que creio desejável e me sentindo feliz sem a amargura dos que não amam e não se sentem em paz.

Deixei a sala da conferência amando o escritor. Na saída me apaixonei e quase pedi em casamento três ou quatro. Assim eu amo. E que um dia os homens saibam amar mais.

2 comentários:

  1. Pois é, o mundo está meio concreto demais, é preciso salvar o romance e lutar para não racionalizarem o amor.

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  2. As pessoas estão cada vez menos sensoriais, e, o amor passa por todos os sentidos. Assim, bem pensando, estamos nos tornando todos cegos, surdos, sem tato social, e, impalatáveis. E, amor, "bicho raro", estigmatizado, correndo risco de extinção.

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